quarta-feira, 11 de setembro de 2019

25º dia – Várias aparições e sinais de São Miguel através dos tempos – Parte 2





Além de outros documentos sobre São Miguel, dos Papas antigos, Sua Santidade João Paulo II na sua visita de 24 de maio de 1987, ao Santuário de São Miguel, no Monte Gargano, na Itália, fez um discurso (este discurso se encontra no 12º dia desta quaresma). Não é uma encíclica, mas mostra-nos o pensar da Igreja sobre a atualidade do culto ao Príncipe e grande Chefe dos Anjos, no mundo de hoje.

Após o encontro com a população, João Paulo II realizou uma breve visita ao Santuário de São Miguel Arcanjo, ali para recordar as quatro aparições de São Miguel numa gruta da localidade, nos anos 490, 492, 493 e 1656.

Sua Santidade João Paulo II faz eco neste discurso daquilo que os últimos Pontífices têm dito ao povo cristão para que recorra a São Miguel, nesta luta tremenda entre as forças do bem e do mal, chefiadas, respectivamente, pelo glorioso Arcanjo chefe dos exércitos do DEUS Altíssimo e satanás chefe dos demônios, os anjos caídos. O triunfo final e completo será de São Miguel com os seus Anjos, como dizem as Escrituras santas, que pelejaram contra o dragão, o diabo e os seus seguidores precipitando-os para sempre nos abismos infernais.

Aparição de São Miguel em Roma
No ano 590 da nossa era, a peste invadiu a cidade de Roma e as pessoas morriam às centenas em cada dia e não havia gente suficiente para enterrar os cadáveres que se empilhavam nas ruas. O Papa São Gregório Magno governava a Igreja, e para abrandar o flagelo, organizou uma procissão com a imagem de Nossa Senhora trazida da Igreja de Ara Coeli e que, segundo a tradição, foi pintada por São Lucas. Quando estava perto da igreja de São Pedro, apareceu São Miguel com uma espada de onde corria sangue e meteu-a na bainha, como sinal de ter cessado o flagelo que inundara Roma de desolação. Basta dizer que só durante a procissão cerca de 800 pessoas morreram. Quando o Papa São Gregório viu o Arcanjo meter a espada na bainha ouviu à volta do quadro da Santíssima Virgem, que lelé próprio conduzia, os cânticos dos Anjos. O Papa entoou, então, o hino Regina Coeli e os Anjos cantavam com ele: “Rainha dos Céus alegrai-vos, Aleluia, porque aquele que mereceste trazer em vosso seio, ressuscitou como disse, Aleluia.”

O Papa São Gregório juntou depois ao hino e mandou que sempre assim se cantasse: “Rogai por nós a Deus, Aleluia”.

Graças à Santíssima Virgem e a São Miguel, Roma foi libertada da peste.

E em memória deste milagre, construiu-se neste local uma igreja chamada Regina Coeli, e a Mole de Adriano passou a chamar-se Castelo do Santo Anjo e sobre ele colocou uma estátua de São Miguel que ainda hoje se pode ver.

Aparição de São Miguel a São Bonifácio
São Bonifácio, nascido na Inglaterra foi enviado pelo Papa no ano 719 para evangelizar a Alemanha. Consagrado bispo e com a ajuda de vários sacerdotes colaboradores, fundou e restaurou várias cristandades na Baviera, na Tríngia e na Francócia. Teve muitas perseguições dos pagãos e também de vários cristãos hereges. Quando pregava na Turíngia, com a alma minada de desgostos e de cansaços, apareceu-lhe São Miguel com a Cruz na mão, consolando-o e encorajando-o a que defendesse e pregasse a fé católica, pois em breve receberia a recompensa. Foi martirizado pelos pagãos e sua alma liberta foi receber a recompensa eterna. O seu corpo foi sepultado em Fulda, e ele, antes do martírio, mandou levantar na Turíngia, em ação de graças, uma igreja em honra de São Miguel.


Aparição de São Miguel ao Bispo Equilínio
O bispo Equilínio conta que o Duque de Sinigahia, atacado de lepra, tinha gasto somas e somas de dinheiro com os médicos e tinha perdido totalmente a esperança de cura da sua doença.

São Miguel apareceu-lhe duas vezes e disse-lhe que visitasse o seu Santuário de Brendal, na costa italiana do Adriático, e ali obteria a sua cura.

Descalço, acompanhado de sua esposa, o Duque empreendeu a jornada. Apenas transpôs a porta da Igreja, foi milagrosamente curado, e todas as feridas desapareceram, ficando a carne limpa e jovem. Chorando de comoção, foi prostrar-se junto da imagem do Arcanjo, agradecendo-lhe tão grande graça. O seu reconhecimento foi tão profundo que ele e a esposa quiseram terminar os dias que lhes restavam de vida naquele lugar.

Distribuíram metade dos seus bens aos pobres e a outra metade entregaram-na ao templo de São Miguel para manter o seu culto.

Suplica de um sacerdote à proteção de São Miguel
Um sacerdote francês escreveu a seguinte carta: ‘Nas vésperas do ataque alemão de 14 de julho de 1918, havia à volta da minha paróquia um depósito de três milhões de projéteis. Durante dois meses, os aviões alemães não cessaram de lançar bombas e projéteis que caíam por todos os lados. Em face do perigo, pus a minha paróquia debaixo da proteção de São Miguel. Coloquei a sua imagem na cadeira paroquial e rezei todos os dias o pequeno exorcismo de Leão XIII, prometendo ainda entronizar na igreja uma bela imagem de São Miguel caso fôssemos livres de desastres semelhantes aos que tinham sucedido e se multiplicavam nas regiões à nossa volta, onde as bombas caíam, arruinando fazendas, casas, matando tanta gente. Bastava que uma das bombas tivesse caído sobre o depósito explosivo que estava na nossa paróquia e tudo ficaria reduzido a um montão de ruínas e ninguém com vida. Passou a tormenta, foi assinado a trégua e enquanto à nossa volta tanta desgraça sucedeu, na nossa região nem uma bomba caiu, com espanto e alegria de todos. Em cumprimento da nossa promessa, uma imagem do grande Arcanjo São Miguel foi solenemente entronizada na igreja.

Conversão de um rico cavalheiro depois de um sonho com São Miguel
A poucos quilômetros de Sena, na Itália, existiu a abadia denominada São Galgano. Embora esta se encontre atualmente em ruínas, tem ainda vestígios da sua antiga grandeza. Pertenceu à Ordem de Cister. O título foi-lhe dado para honrar a Galgano Guidotte que, tendo nascido de uma família católica e muito devota de São Miguel, ao chegar ao tempo próprio, fez-se cavaleiro e pondo de lado a educação que recebeu, passou a levar uma vida dissoluta encharcado nos vícios.
Converteu-se, porém, devido a um sonho que teve. Apareceu-lhe São Miguel que, dirigindo-se a uma senhora que reconheceu ser a sua mãe, pediu-lhe que lhe desse o filho para o alistar na milícia celeste. A mãe consentiu, gostosa e cheia de alegria. Outro sonho que teve em seguida, do mesmo gênero, com São Miguel, convenceu-o a mudar de vida, pois viu o glorioso Arcanjo conduzindo-o pela mão a fim de o consagrar à Milícia do Céu. Vendeu tudo o que tinha e retirou-se para o local onde mais tarde foi edificada a abadia. A mãe propôs-lhe casamento com uma jovem bela e rica. Mas Galgano, falando com ela, convenceu-a a deixar o mundo com ele e a fazer-se freira. Ela fundou um convento para religiosas e ele, depois do regresso de uma peregrinação a Roma, entrou como irmão oblato na Ordem de Cister, entregando-se à oração e à penitência, santificando-se rapidamente, protegido por São Miguel. Morreu com 33 anos de idade em 3 de dezembro de 1181.

Aparição de São Miguel a um bispo da Sicília
Clotônio, bispo da Sicília, na Itália, rezava todos os dias de joelhos uma oração em honra a São Miguel e aplicava a penitência quaresmal, obrigatória para os cristãos, em honra do glorioso Arcanjo. Na véspera da festa em honra de São Miguel, apareceu-lhe este e disse-lhe que sua devoção lhe era muito agradável e que tinha obtido do Senhor para ele, três graças.

Pediu-lhe o devoto bispo: ‘que os meus pais saiam das chamas do purgatório se lá estiverem; que vós, meu querido São Miguel, me assistais na hora da minha morte; e que me façais entender toda a grandeza do mistério da Encarnação.’

Terás o que pedes, disse o glorioso Arcanjo. Com efeito, logo viu os pais saírem do purgatório, agradecendo-lhe, cheios de reconhecimento. Compreendeu, também, cheio de alegria, os mistérios contidos na Encarnação do Verbo que se fez homem por nosso amor e a sua morte também foi santa.

A oração que o bispo rezava era esta:
“Ó glorioso São Miguel, chefe dos exércitos celestes, vencedor dos demônios, chefe admirável da Santa Igreja, grande pela vossa natureza e pelas vossas virtudes, livrai aqueles que vos imploram de toda a adversidade e fazei-os progredir, dia a dia, no serviço do Senhor. São Miguel, chefe da Igreja, rogai por nós. Amém”.

Aparição de São Miguel a Antônia de Astônaco
Foi também em Portugal que se deu uma das mais célebres aparições de S. Miguel. Esta aparição deu a volta ao mundo através da célebre Coroa Angélica em honra a S. Miguel e dos 9 coros do Anjos, com promessas salutares para vida e para a morte. Esta devoção está propagada em várias línguas, aprovada pelos respectivos bispos diocesanos e de modo especial pelo Papa Pio IX, sábio e santo, que a enriqueceu de indulgências em 8 de agosto de 1851.

"No livro 2º, Capítulo 74, da vida da serva de DEUS Antônia de Astônaco, lê-se que numa aparição a esta ilustre serva de DEUS, o Arcanjo São Miguel pediu que se compusessem em sua honra, nove saudações, correspondendo aos nove coros dos Anjos, saudações que consistem, cada uma, na recitação de um PAI Nosso e três Ave Marias. (Este é o famoso terço de São Miguel). O glorioso Arcanjo prometeu que quem o honrasse desta maneira antes da Sagrada Comunhão, seria acompanhado à Sagrada Mesa por um Anjo de cada um dos nove coros. Prometeu também, a quem rezasse todos os dias essas nove saudações, a sua assistência e a dos santos Anjos durante a sua vida, e que depois da morte o livrará do Purgatório a ele e aos seus parentes.”

Fonte:
Do Livro “São Miguel – Príncipe dos Exércitos Celestes” – Editora da Divina Misericórdia



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