domingo, 18 de agosto de 2019

4º dia – Testemunho dos Santos Padres e Escritos da Igreja Primitiva a respeito da existência dos anjos






Atenágoras de Atenas (133-190 d.C.):
“Não somos ateus. Cremos em Deus Pai, Filho e Espírito santo, mas ensinamos também que existe uma multidão de anjos servidores, ministros de Deus Criador e ordenador do mundo nas coisas que aí se encontram e na sua ordem”.

Justino Mártir (100-165 d.C.):
“Nós adoramos a Deus e a seu Filho por Ele gerado e ao Espírito profético que nos ensinou, bem como aos anjos que lhe são obedientes e semelhantes” (Apologia).

Irineu de Lião (130-202 d.C.):
“Deus é o criador do céu e da terra e de todo o universo, e formador dos anjos e dos homens. Só Ele é Pai, Deus criador, formador e moldador. Ele criou e formou ambas as coisas, tudo: o visível e o invisível, neste mundo e no céu”.
“Por conseguinte, criou também os seres espirituais. O universo não foi criado nem formado pelos anjos. Deus não necessitava deles para esse fim”.
“Os anjos são espirituais, não possuem carne”.

Clemente de Alexandria (150-215 d.C.):
“Aquele que crê, reza com os anjos, mesmo que reze sozinho, porque com ele se reúne o coro dos santos que ficam em sua companhia”.

Orígenes de Alexandria (? -254 d.C.):
“Onde quer que exista uma Igreja de homens, ali haverá também uma Igreja de anjos”
“O culto que se deve aos anjos é o de veneração e não de adoração”.
“Cada diocese é dirigida por dois bispos: um secular e um anjo”.
“Cada assembleia eclesiástica compreende também uma parte celestial formada por anjos, mensageiros de Deus que habitam entre nós, que rezam com os homens e levam suas orações aos céus. Apesar disso, os anjos nunca abandona, a presença de Deus. Sua amizade conosco é um sinal de nosso bom relacionamento com Deus”.
“Os anjos são diferentes uns dos outros”.
“[Os anjos] estão em toda parte; vigiam e governam a natureza”.
“Se somos merecedores da presença dos anjos bons, estes nos assistem e nos inspiram bons pensamentos e se comunicam com nossa alma durante o sono”.

Atanásio de Alexandria (296-373 d.C.):
“Os anjos veem a face do Pai por uma participação no Logos, por uma graça do Espírito Santo”.
“Os anjos foram criados antes do cosmos” (Carta a Serapião 111,4).

Basílio Magno de Cesaréia (329-379 d.C.):
“Os anjos não foram criados como crianças imperfeitas que, aos poucos, foram se aperfeiçoando pelo exercício, de tal forma que se fizeram dignos de receber o Espírito santo. Ao contrário, desde o primeiro instante de sua existência, juntamente e em conjunto com a sua substância, receberam a santidade, isto é, a graça santificante” (In Psalm. Hom. 32,4).

Ambrósio de Milão (337-397 d.C.):
“No batismo, o sacerdote atua na missão de um anjo” (De Mysteriis 11,6).
“Deus não tinha a necessidade de anjos, porém, o homem deles tem necessidade. Enquanto os homens foram criados à imagem de Deus, os anjos o foram segundo o ministério de Deus” (Expos.Ps.108)
“Todos aqueles que seguem a Cristo têm acesso aos anjos” (De Sacramentis 1,6).
“Os anjos foram criados antes do mundo material” (In Exodum 27,185).

Cirilo de Jerusalém (313-386 d.C.):
“Todos os coros celestiais tomam parte em cada batismo e cantam sobre o povo cristão” (Protocatechesis).
“Os anjos podem, entretanto, serem chamados de ‘espíritos’ se a palavra designar algo que não é formado por matéria bruta”.

Jerônimo (347-420 d.C.):
“Os anjos cuidam e velam até pelos pormenores do cosmos” (Comm. In Eccles. 10,20).
Agostinho de Hipona (354-430 d.C.):
“Deus criou os anjos dando-lhes a natureza e infundindo-lhes, ao mesmo tempo, a graça” (A Cidade de Deus 4,12,9,9).
“Encontramos nas Escrituras que os anjos apareceram a muitas pessoas e achamos, portanto, que não é racional duvidar de sua existência” (In Psal. 103).
"A palavra anjo é designação de um encargo, não de natureza. Se perguntares pela designação da natureza, a resposta será: é um espírito; se perguntares pelo enviado: é um anjo. É espírito por aquilo que é; é anjo por aquilo que faz" (In Psal. 103,1,5).
“Aos anjos não se oferece sacrifício; somente os veneramos como amor” (A Cidade de Deus 10,7).
“Aos anjos celestes, que possuem a Deus na humildade e o servem na bem-aventurança, está submetida toda a natureza corporal e toda a vida irracional” (A Cidade de Deus 8,24).
“Juntamente com os anjos, formamos uma só e mesma cidade de Deus” (A Cidade de Deus 10,7).
"Os santos anjos não alcançam o conhecimento de Deus mediante palavras soantes, mas pela própria presença da verdade imutável, isto é, do Verbo Unigênito, e conhecem o Verbo, o Pai e o Espírito Santo; sabem que Eles formam a Trindade inseparável, na qual as Pessoas em si mesmas são uma única substância e, no então, não são três deuses, mas um só Deus. Eles conhecem esta verdades melhor do que nós conhecemos a nós mesmos. Também conhecem as criaturas na sabedoria de Deus (...) e nela conhecem igualmente a si mesmos" (A Cidade de Deus 11,29).
"Só conheceremos a natureza dos anjos de modo perfeitamente claro quando estivermos para sempre unidos a eles na posse da bem-aventurança eterna” (Enchiridion 58).

Cirilo de Alexandria (378-444 d.C.):
“Os anjos foram criados também à imagem de Deus, inclusive, incomparavelmente mais do que nós, em razão de sua espiritualidade superior à nossa” (Resposta a Tibério Sociosqua 14).
João Crisóstomo (347-407 d.C.):
“O ar que nos rodeia está cheio de anjos”.
“Que há de melhor, diga-me? Falar do vizinho e da vida alheia, bisbilhotar tudo, ou se entregar com os anjos e com as coisas feitas para nos enriquecer?” (Hom. In Io. 18).
Papa Gregório I Magno de Roma (540-604 d.C.):
“Os anjos são incomparavelmente mais íntimos de Deus que os homens (...) São espíritos e somente espíritos, enquanto o homem é espírito e carne” (Moralia in Job 4,3,8).
“[Os anjos] contemplam a Deus face a face”
“Comparados com os nossos corpos materiais, [os anjos] são espíritos; mas comparados com Deus, que é Espírito ilimitado, são de certa forma materiais”.

João Damasceno (676-749 d.C.):
“Os anjos foram criados do nada; são incorpóreos quando comparados com os homens, porém, não possuem o mesmo grau de espiritualidade de Deus - puro espírito. Sua exata natureza só pode ser conhecida por Deus”.
"Por serem espíritos (...) os anjos não são fisicamente circunscritos. De fato, eles não possuem corpo, nem três dimensões, mas estão presentes e operam espiritualmente para onde quer que vão. Por outro lado, não podem atuar simultaneamente em dois lugares distintos (...) Eficientes e solícitos no cumprimento da vontade de Deus, são velozes a ponto de comparecer instantaneamente onde a vontade de Deus os chama. Alguns defendem as várias partes do mundo, presidem às nações e regiões, conforme a ordem do Sumo Criador, governam as nossas coisas e prestam-nos ajuda" (Exposição da Fé Ortodoxa).
“[Os anjos] estão em um lugar determinado, embora não no espaço: como não são como os homens tridimensionais, a bilocação é para eles um fenômeno de ordem espiritual”.
“Os anjos estão onde atuam, isto é, onde exercem seu poder”.
“[Os anjos] são imortais pela graça. Contemplam a Deus pela iluminação própria que Deus lhes concede”.
“A obra dos anjos no céu consiste em louvar a Deus; na terra, servem o Senhor e revelam seus mistérios”.
“O conhecimento do futuro lhes advém unicamente da revelação de Deus”.
“Os anjos foram criados antes dos homens e antes mesmo do cosmos”.


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